O Conselho de Examinadores do Flórida Bar Association está pedindo que a Suprema Corte do Estado determine se pode admitir alguém que não está legalmente no país, de acordo com o Sun Sentinel.
A questão envolve o aspirante a advogado José Godinez-Samperio, de 25 anos, residente da área de Tampa e nativo do México, que entrou nos Estados Unidos com seus pais há 16 anos com visto de turista e não foi mais embora.
Nesse meio tempo, ele terminou o high school e se formou na Florida State University College of Law.
“Ninguém que tenha mostrado nível dele de desprezo pelas leis norte-americanas deve ter a permissão de praticar a profissão de advogado”, disse William Gheen, presidente do Americans for Legal Immigration, um comitê de ação política que se opõe à anistia para imigrantes indocumentados, diz o jornal.
A advogada de Godinez-Samperio, Sandy D’Alemberte, ex-presidente da FSU e ex-presidente da American Bar Association, discorda, argumentando que “é injusto negar-lhe as credenciais que ele tenha ganho”.
Alguns defensores dizem que, embora Godinez-Samperio não tenha a permissão de ganhar a vida como indocumentado no país, ele poderia lidar com casos “pro bono” se recebesse um cartão da Florida Bar.
O Sun Sentinel diz que os examinadores da Board of Bar começaram a pedir que candidatos submetam prova de sua situação imigratória em 2008, mas não pediu a Godinez-Samperio, que divulgou o seu status e argumentou que a documentação não foi exigida como regra para a admissão ao Bar.
O caso de Godinez-Samperio representa um momento interessante na geração de jovens que foram trazidos pelos pais ainda muito novos para os EUA. Histórias parecidas com a do jovem advogado também estão acontecendo com alunos de direito de Nova York e da Califórnia, de acordo com o Los Angeles Times.