A estratégia de reestruturação da vigilância epidemiológica no Haiti, que teve o sistema de saúde abalado por um terremoto em 2010, ganhou um reforço do ministério da Saúde brasileiro nesta sexta-feira (9). As medidas incluem a contratação de profissionais especializados em prevenção e controle de doenças transmissíveis, além de apoio operacional, financeiro e ações de vigilância no país caribenho. A ação conta com recursos do governo brasileiro da ordem de R$ 1,2 milhão e foram anunciadas em Porto Príncipe, capital haitiana.
A iniciativa faz parte do Projeto Haiti, cooperação firmada entre os governos do Brasil, do Haiti e de Cuba, voltada ao fortalecimento do sistema de saúde haitiano. No Brasil, o projeto é coordenado pelo ministério da Saúde e conta com parceiros como a Fundação Oswaldo Cruz e as universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Santa Catarina (UFSC).
Sistema de vigilância
Pelo Projeto Haiti vem sendo desenvolvidas, desde o terremoto de 2010, diferentes ações destinadas a fortalecer o sistema de vigilância epidemiológica do país caribenho. Foram reformados e reconstruídos dois laboratórios especializados em vigilância epidemiológica, que estão sendo equipados e estarão em funcionamento nos próximos meses. Para isso, foram capacitados dois técnicos do Laboratório Nacional de Saúde Pública (LNSP) do Haiti. Os profissionais fizeram estágio de dois meses no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC) da Fiocruz, instituição brasileira referência no campo da vigilância em saúde.
Agentes comunitários
Para melhorar a assistência em saúde no Haiti., o projeto prevê a construção de três hospitais de referência – que vão atuar de forma articulada com a rede de Atenção Primária do país – e um centro de assistência à pessoa com deficiência, além da formação de agentes comunitários de saúde. A meta é formar cerca de mil agentes comunitários até o término do projeto (em 2014).