Há 10 anos mandar caixas para o Brasil era privilégio de algumas transportadoras brasileiras aqui nos USA e faturavam muito. Na verdade era mais do que isso, elas sabiam que ficaram impunes caso não cumprissem com o contrato que firmaram com o cliente, ou seja, não entregassem a encomenda no seu destino, Brasil. Naquela época a comunidade logo que tinha um problema com alguma empresa procurava as ONGs locais ou os supostos líderes da comunidade entre outros, que por sua vez organizavam reuniões e mais reuniões em igrejas ou locais pré-destinados, e nestas reuniões falavam, falavam, falavam e depois pediam para os presentes preencherem um formulário para levar em mãos para procuradoria geral do estado, com o objetivo de denunciar o empresário que não prestava. Como reforço das ONGs e líderes locais em algumas reuniões eles traziam os chefes de policia da cidade para mostrar poder e que coisa iria avançar para uma solução e quem sabe até com a prisão dos empresários donos das transportadoras, contudo isso nunca aconteceu.
Tudo isso foram alternativas louváveis, mas nada prático funcional ou que tenha trazido resultado. A polícia nunca pôde fazer nada, pois as pessoas reclamavam que foram roubadas, mas a prova do roubo estava no Brasil, longe de uma chance de ação da policia americana. A procuradoria tentava enquadrar a turma dos picaretas em um crime para enjaular o dono, mas a situação dos empresários era passiva de uma corte cível, não criminal. Neste embalo muitas outras transportadoras foram solidarias com o problema com as que quebravam (empresários que se ofereciam para ajudar), tudo por que viam nesta situação um meio de ganhar mais dinheiro em cima do povo sofrido e decepcionado, na verdade faturavam na dor dos clientes desesperados que pouco ou quase nada conseguiam recuperar, só gastavam mais dinheiro.
Era uma farra, que desafiava a todos, a impunidade era certa para aos donos de transportadoras. Sem falar no fato que surgia uma transportadora nova a cada semana, todos queriam ganhar muito dinheiro com muita facilidade. Nestes tempos vimos passar como uma avalanche aqui em MA, a Alexim Moving que deu um ‘tombo enorme’ em muita gente aqui no estado (quem quiser entrar na corte contra a Alexim ainda está em tempo), Adonai, Hora Certa, e por ai vai.
O Hello Brazil News a partir de uma dica de um cliente no em 2010 descobriu como os clientes de caixas e mudanças que se sentiam lesados poderiam através da corte ser ressarcidos dos seus prejuízos. Corremos trás, começamos a divulgar, e desde lá publicamos semanalmente inúmeras matérias sobre caixas e mudanças. Uma nova era começou em MA. Hoje com toda a certeza os brasileiros residentes em nosso estado aprenderam que independente de ser ilegal ou não, podem sem medo ir atrás dos seus direitos, sem precisar gastar com um advogado e sem ao menos saber falar uma palavra em inglês e se precisarem de suporte podem contar com o Hello Brazil News, sem nenhum custo.
A nossa comunidade ganhou, e muito. Mais do que isso aprendeu a exercer o seu direito de defesa como consumidor, através do Small Claims. O recurso de procurar a Corte de Small Claims, é constitucional, ou seja, é uma situação que é valida em qualquer estado dos USA. Porém cada estado tem a sua legislação sobre a prática desta lei. Nós do Hello estamos perito na prática constitucional desta lei aqui em MA, e já ajudamos centenas e centenas de brasileiros a ganhar dentro das cortes, e temos o prazer de fazer do processo para recuperar o valor que eles perderam no seu envio de caixas ou mudanças para o Brasil com uma vantagem financeira razoável, uma vez que o Small Claim permite ao consumidor ser ressarcido na corte até três vezes o valor que supostamente ele perdeu no envio de sua mercadoria (valor do envio e conteúdo).
Contudo ainda estamos engatinhando para ajudar as inúmeras pessoas que nos procuram de CT, NJ, NY, FL, PA, CA. Por exemplo, em CT a corte de Small Claims só aceita a denúncia, ou ação se empresa processada tiver um endereço no estado de CT. Em NJ a corte só aceita processar a empresa no condado de origem da empresa, ou seja, onde é o endereço da empresa. NY a mesma coisa. Na Flórida o valor máximo para solicitar de reembolso e $5 mil dólares (MA é 7mil) e o reclamante tem que preencher um formulário diferente do que nos usamos em MA. Mas em todas as cortes em qualquer lugar dos USA, a situação imigratória de ninguém é contestada, ser indocumentado ou não importa, ninguém vai preso por buscar os seus direitos. No âmbito nacional dos USA no que diz respeito aos consumidores somos abrigados pelas mesmas leis que abrigam qualquer cidadão americano. Não esqueçam faço questão de repetir e frisar não é necessária falar inglês, e não é necessário ter um advogado, e o caso é tramitado e julgado no máximo em três meses. É muito rápido!
O que temos visto é que alguns moradores de NJ preferem abandonar as causa a ir a uma corte, por que tem medo de serem presos. Precisam vencer esta barreira, apesar de que muitos já estão indos as cortes e as noticias de ganho por parte dos consumidores nestes casos se propagam na comunidade de NJ, que vai interagindo e repassando as vitórias financeiras de cada um, logo isso vai ser uma opção trivial para os brasileiros não só de NJ, FL, CA, etc. Na Florida encontramos o mesmo problema o povo também tem medo de corte, e prefere perder tudo ao arriscar em ir a uma corte.
Estamos evoluindo, e aprendendo a viver com mais dignidade. Um dado que precisa ser dito é que o leitor hoje compreende bem o que é um jornalismo sério, independente, mais do que isso, sabe que nas páginas do Hello carregamos muito mais do que conteúdos em qualquer pauta ou linha, por que zelamos pela credibilidade e respeito a nossa comunidade. Nós do Hello acreditamos estar puxando a comunidade para cima, nosso objetivo não é denegrir brasileiros e bater sempre nas mesmas notícias, difundir sempre os mesmo lideres e ONGs, mas ajudar nosso povo a evoluir e prosperar como comunidade. Hoje os nossos anunciantes de mudanças, as transportadoras elogiam o trabalho pioneiro do Hello Brazil News neste seguimento, e afirmam: ‘O mercado de mudanças precisa desta moralização e esse trabalho do Hello é indispensável e tremendamente salutar para quem vive do ramo e usufrui dele’.
Boa semana!
Paulo Monauer
Edição 42 - 03/20/2012 - Página 2
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