Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As principais entidades sindicais da Espanha - a Comissão Operária (CCOO) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) anunciaram hoje (9) que no próximo dia 29 haverá uma paralisação geral no país. Os sindicalistas são contrários à proposta de reforma trabalhista em discussão, sugerida pelo governo. Há dois anos houve uma greve geral no país também contra alterações na legislação trabalhista.
Se implementadas, as medidas do governo permitirão que as empresas espanholas refaçam acordos coletivos, tenham mais flexibilidade para ajustar horários, tarefas e salários dos empregados, além de baratear as demissões.
A decisão dos sindicalistas de promover a paralisação geral ocorreu após uma sessão tensa no Congresso Nacional da Espanha, quando integrantes do Partido Popular (PP) criticaram a proposta de contenção de custos trabalhistas apresentada pelo governo espanhol.
Para as entidades sindicais, a proposta em discussão, se executada, pode levar à redução do s salários, à precarização dos empregos e ao aumento da desigualdade econômica e social, gerada pelo empobrecimento da população. Segundo os sindicalistas, a proposta retira direitos adquiridos pelos trabalhadores ao longo dos anos.
A Espanha viveu recentemente dias de manifestações tensas. A maior delas foi no último dia 19, quando os manifestantes saíram às ruas em 57 cidades espanholas. A reforma trabalhista foi aprovada pelo governo no último dia 10.
*Com informações da agência estatal de notícias de Cuba, Prensa Latina//Edição: Graça Adjuto