O principal suspeito de ter matado a procuradora Ana Alice Moreira de Melo foi encontrado morto em um motel, em Belo Horizonte. No local, estava a mesma faca usada para assassinar a mulher dele. Ana Alice já tinha denunciado o marido por atos de violência. No momento do crime, os filhos do casal foram salvos pela babá.
As imagens do circuito de segurança mostram quando o empresário chegou ao motel na madrugada de quinta-feira (2). Ele permaneceu em uma suíte durante o dia todo, o que chamou a atenção dos funcionários. “Como ele não fez nenhum pedido, a gente ficou preocupada”, contou uma funcionária.
Peritos estiveram no local. No carro, os policiais encontraram uma carteira de motorista e confirmaram que se tratava do empresário Djalma Veloso. Segundo os peritos, ele morreu dentro da suíte do motel. No corpo havia várias marcas de facadas. A princípio, a polícia investiga o caso como suicídio.
“Ele estava deitado, em posição dorsal e apenas de short. A princípio, com nove perfurações pelo corpo”, afirmou o tenente Honório de Carvalho, da Polícia Militar.
A faca estava perto do corpo pouco tempo depois de a mulher dele, a procuradora federal Ana Alice Moreira de Melo, ter sido encontrada morta na casa onde eles moravam. A mansão fica em um condomínio de luxo em Nova Lima, perto do motel onde estava o corpo do empresário.
Segundo a polícia, Ana Alice foi assassinada a facadas pelo marido. O crime foi por volta das 4h de quinta-feira (2), depois de uma discussão. Na casa também estava a babá, que cuidava dos dois filhos do casal.
“Ela ouviu gritos, ouviu briga e correu para dentro do quarto ou de um banheiro, se escondeu e chamou a polícia”, contou o tenente Daniel Rodrigues, da Polícia Militar.
Fotos postadas em uma rede social na internet mostram a família em um dia de festa. Ela tinha 35 anos; ele, 49 anos e era dono de uma locadora de veículos. Ana Alice e Djalma estavam em processo de separação, mas, segundo a polícia, ainda moravam na mesma casa. A procuradora registrou um boletim de ocorrência no dia 24 de janeiro alegando ter sido ameaçada de morte pelo marido. Ela teria pedido para ser protegida pela Lei Maria da Penha.
“Ela requisitou algumas medidas protetivas, dentre elas o afastamento dela do lar sem prejuízo dos direitos dela, sem que se configure abandono, até serem deferidas as medidas protetivas e a saída do agressor de casa”, afirmou a delegada Renata Ribeiro Fagundes.