Maylan Studart, a garota de Ipanema, aos 22 anos de idade, ocupa um lugar de destaque entre os jóquéis profissionais dos Estados Unidos.
Ela descobriu a sua paixão por cavalos ainda na infância. Em 2005, apresentáva-se em shows de saltos sobre barreiras mas, viu-se obrigada a cancelar seus treinamentos, por problemas financeiros em sua família. Nesta fase , a joqueta para se manter perto das atividades equestres, matriculou- se na escola preparatória de jóquéis no hipódromo da Gávea, Rio de Janeiro.
Dos 7 aos 11 anos, Maylan viveu na California e integrou-se rapidamente à cultura norte-americana. Ela lembra-se das dificuldades de readaptação à terra Brasilis depois de tantos ano na América, que agravou-se com os problemas de saúde do seu padrasto.
Entretanto, tudo isso não foi suficiente para tornar o sonho impossível! O gosto pelas corridas de cavalo ferviam em suas veias! Aquela menina precoce e determinada, aos 14 anos de idade, contatou um jornalista americano dedicado às corridas de cavalo, com quem manteve conversação via internet por um ano e meio! Isso foi o suficiente para a estrela brilhar!
O resultado de tamanha persistência já era esperado… ele a indicou ao treinador brasileiro J.J. Graci. E, Claro! Assinou o pedido para a sua transferência profissional, sendo o maior responsável pela a sua volta aos Estados Unidos.
Em novembro de 2010 Maylan Studart foi agraciada com comenda de Honra ao Mérito, “Cruz do Mérito do Empreendedor Juscelino Kubitschek” – a “Jóia de JK”, nas Nações Unidas. É considerada a mais distinta Condecoração da Sociedade Brasileira em Edição Especial -EUA, Homenagem Especial ao Emigrante Brasileiro.
Na continuidade uma entrevista exclusiva com Maylan Studart ao The Brasilians.
The Brasilians: Maylan Studart quantas corridas oficiais você já ganhou nos Estados Unidos? Aonde e quando?
Maylan Studart: Eu não conto! Mas, oficiais nos Estados Unidos creio que mais de 70! Ganhei corridas em Miami, Filadélfia e Nova York. Sem contar as corridas realizadas no Brasil, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo.
TB: Hoje no Brasil quantas mulheres estão competindo como profissionais nas corridas de cavalo?
MS: Atualmente, tem uma menina a Marcela Martins. Somos da mesma escola de Aprendizes do Jockey Club da Gávea. Ela tornou-se minha fã! Deve estrear este mês!
Passamos pelas mesmas fazes de aprendizado. Estou muito feliz por ela! E, em São Paulo creio que há mais de 3 meninas?! Não tenho certeza…
TB: Como você conheceu o jornalista John DaSilva, que cobre as corridas de cavalo para o jornal New York Post, e qual foi a influência dele na sua vida?
MS: Conheci ele pela internet, conversando sobre as diferenças das corridas do Brasil e dos Estados Unidos. Foi através de John, que finalmente conseguí um agente de montarias, que me trouxe para a América para começar a montar. Por causa dele minha transferência para os Estados Unidos foi possível!
TB: Aonde você está morando agora, Brasil ou USA?
MS: Moro em Nova York, USA.
TB: Historicamente, as mulheres tiverem que lutar muito por um espaço em jogos e corridas. Ainda, há resistência no meio equestre por você ser mulher?
MS: Sim. Ainda há resistência! As mulheres apenas conseguiram direitos iguais muito recentemente na história. E, até hoje é difícil um homem aceitar perder para uma mulher… No meio equestre ainda acham que as mulheres são mais fracas que os homens.
O que é um pensamento de cabeça fechada. Não preciso ser mais forte que ninguém se faço o trabalho melhor… Não é questão de força física e sim de talento e técnica para obter sucesso!
TB: Quais foram as dificuldades iniciais? Você curtiu a fase de doublê para as cenas de montaria das novelas?
MS: Dificuldade de ser aceita por ser de classe média. Normalmente, os jóquéis no Brasil vem do interior ou, de prévias de jóquéis ou, de treinadores ou, de família. Não venho de uma família tradicional de corridas de cavalo. Sou mulher e de Ipanema! Isto é difícil de aceitar, um “outsider”. Mas, graças a D-us passei por todos os obstáculos.
Agora… foi muito legal trabalhar como dublê, até sinto falta ás vezes! Trabalhei com Impacto Dublês para a Rede Globo em 1 minisérie e 2 novelas, se me lembro bem… Mas, eu amo montar os cavalos e tive que seguir com meu sonho…
TB: Qual é o seu objetivo na carreira?
MS: Ganhar muuuuuitas corridas e ser respeitada no ramo. Quero que o país inteiro saiba quem Maylan Studart é! Com bastante trabalho e prática eu chegarei lá. Eu tenho que pagar minhas dívidas!
TB: Quem é Maylan Studart?
MS: Uma menina brasileira, judia de Ipanema que tem um sonho de ser joqueta. Ela segue seu coração e com ajuda de D-us ela chegará ao topo!