New York 15 de Maio de 1011. O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, de 61 anos, foi detido ontem à tarde no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, acusado de sofrer um surto de Luxemburgo e ter abusado sexualmente de uma camareira na luminosa manhã de sábado num hotel da Big Apple.
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Strauss-Kahn é tido e havido como um dos principais nomes do Partido Socialista para as eleições presidenciais francesas do ano que vem.
Agora sim, a coisa vai. É mais uma credencial para subir na preferência popular. Os currículos do mundo da política andam carentes de poltrões que saibam cometer abusos.
O garanhão foi retirado de dentro de um voo da Air France pela polícia de New York e New Jersey, e levado a uma delegacia em Manhattan.
Quer dizer, Kahn é mesmo um sujeito de sorte: correu menos risco nas mãos da polícia do que num voo da Air France. Agora, pensando bem, sortudas mesmo foram as aeromoças que não precisaram atender aos insistentes pedidos do ilustre passageiro.
Os policiais o retiraram da confortável poltrona de primeira classe do avião, dois minutinhos antes da decolagem rumo a Paris. Na Europa, ele se encontraria com a chanceler alemã, Angela Merkel. Essa sim, uma mulher se grande fortuna: escapou de pelo menos algum gracejo inconveniente do tarado.
O jornal New York Post publicou tintim por tintim o abuso que teria ocorrido quando a camareira entrou no quarto de Strauss-Kahn, no Times Square Hotel, no centro de Nova York.
A camareira, que não foi identificada, contou que o galã do FMI saiu nu do banheiro e a agarrou. Em seguida, ele a teria jogado na cama e a forçado a manter sexo oral com ele. Quer dizer, o cara nem usou o artifício da toalha que faz tanto sucesso com manicures e pedicures, quando não vira processo abafado. Pelo visto, ela endureceu com ele, mas não foi correspondida.
Detido, Strauss-Kahn não tugiu nem mugiu. Não costuma quebrar o sigilo de seus arroubos de Don Juan. Há mumúrios, no entanto de que Strauss-Khan estava curioso no seu contato com os policiais. Queria saber o que é mesmo que a camareira foi fazer no seu quarto àquela hora da manhã. E já promete: antes de sair de qualquer banheiro vai vestir uma toalha felpuda e macia.
A perícia técnica da polícia novaiorquina está intrigada: não encontrou nenhum vestígio de mordida no perigoso instrumento que Strauss tem mania de usar para friccionar quem lhe apareça pela frente, inclusive as cordas de um violino Stradivarius. Dessa vez a camareira dançou e a música não tocou.
Dominique Strauss-Khan não vai dançar. Daqui pra frente é a palavra dele, contra a dela. A menos que haja câmera escondida no apartamento onde teria ocorrido o avanço luxemburguês. Aí, quem vai dançar é o hotel, por invasão de privacidade. Strauss está pronto para outra.
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