28 de Janeiro de 2011, by Paulo Monauer. O JS/USA esta entrando na sua terceira semana de matérias consecutivas com pautas exclusivas sobre empresas de mudanças. Nossos leitores carinhosamente têm se manifestado através de e-mails, telefonemas e cartas enviando documentos para a nossa redaçao. A quantidade de gente lesada e sem direção do que fazer até agora já ultrapassou o numero de 500. Em alguns casos menos complexos entramos em contato com os donos de transportadoras para\ tentar resolver, e temos tido sucesso em alguns casos a favor dos clientes.
Dicas do JS/ USA para envio de mudanças ao Brasil.
1- Enviar caixa para o Brasil através de empresas de mudanças E UM ATO ILEGAL NO BRASIL, mas é uma prestação de serviço legal dentro do território americano caso a empresa tenha o registro e licenças para fazer transporte de mercadorias internacionais. A ilegalidade do transporte começa
quando o produto chega ao Brasil;
2- Na verdade algumas empresas procuram ser corretas com seus clientes e executam o serviço para qual foram contratadas, utilizando o ‘seu peculiar jeitinho brasileiro’;
3- Existem consumidores que fazem testes com transportadoras, enviam uma caixa, esperam para ver se chega, consequentemente mandam uma segunda caixa, e novamente tudo dá certo, enviam uma terceira caixa, novamente chega sem problemas. A partir disto se sentem seguros com aquela companhia e mandam 10 cx de uma só vez. Então logo vem a decepção das 10 cx que não chegam e começa o desespero, Nunca acredite totalmente que tudo vai funcionar, mas se quiser arriscar não deixe de solicitar a empresa todos os documentos necessários para sua segurança;
4- Seguro de caixas ou mudanças significa um dinheiro extra para garantir se algo não funcionar e só deve ser feito caso a empresa entregue uma apólice. E a seguradora seja de uma empresa diferente da transportadora, incluindo o número da licença para vender seguro em MA.
5- Quando alguém lhe der o recibo deve ter duas cópias, uma em inglês que é a oficial e outra em português que ‘deve ser uma copia fiel do que está escrito em inglês (a copia em português não é necessária). Você está contratando um serviço aqui nos USA logo o contrato original tem que ser em inglês. Desconfie se a empresa apresentar papéis somente em português.
6- Empresas de transportes virtuais, que só tem web site e não tem um escritório fixo, desconfie, provavelmente se você ‘tomar um cano’ não vai achar o dono para se responsabilizar por algo que der errado.
7- Nunca se apegue emocionalmente ao conteúdo da sua caixa (sabemos que isso é difícil). Se algo deu errado à culpa não é sua. Não tente ajudar a companhia de mudança que se comprometeu a entregar a caixa para seus parentes no Brasil, com mais dinheiro para advogados, documentos registrados e etc. Estas despesas não são de sua responsabilidade.
8- Os prazos que todas as companhias em média pedem para resol-ver seus problemas nunca são menos 60 dias. Tem muitos casos até que já se passaram anos e nada. E preciso aprender com isso, não se deixe enganar. Se alguém vai resolver seu caso em uma semana ou duas até ai é viável, mas se for em 60 dias ou mais você coloque as barbas de molho.
9- Toda a empresa de transporte que só aceita reclamações na secretaria eletrônica ou por e-mail, não tendo um lugar fixo ou escritório onde você pode ir pessoalmente ou uma funcionária para atender ao
telefone, não é de confiança. Na próxima semana temos mais novidades, ainda não começamos a relatar os casos das perdas de caixas, e publicar os mais de 100 recibos que já temos de pessoas lesadas pelas transportadoras. Precisamos de você leitor nesta luta pela moralização. Mande um e-mail para pmonauer@jornaldossportsusa.com ou ligue para 617.593.1828. Avise-nos da sua corte, qual o dia e hora e mande uma cópia dos documentos. Só assim este seguimento de serviços vai se moralizar. Você agora tem uma solução digna para seu caso. Perdeu a caixa, perdeu seu valor sentimental, mas poderá ser ressarcido em até 3 vezes o valor que perdeu.
Mudança internacional, uma longa dor de cabeça
Falta de documento individual leva Receita a reter contêineres por prazos que chegam há superar um ano chegam há superar um ano
BL – Individual por mudança? BL – Coletivo por containers? Mudança compartilhada? A maior fria para o consumidor! Desista dela só se você tiver um BL exclusivo da sua mudança e ainda assim corre risco de entrar na vala comum. Confiança de Moving - Confiança (o nome é uma ironia feroz) – totalmente sem confiança. Trazer uma mudança do exterior pode dar muito mais dor de cabeça do que se imagina. O prazo de retirada das mudanças está ultrapassando um ano. O problema é que as empresas de mudanças no exterior juntam várias operações em um único contêiner, todas em nome de uma só pessoa.
Ao chegar ao Brasil, somente quem tem o documento BL (conhecimento de transporte marítimo) em seu nome consegue retirar seus pertences — as demais ficam esperando a liberação da Receita Federal, o que pode demorar muito. A Receita explica que quem morou por um ano fora do Brasil pode trazer sua mudança com isenção fiscal, mas cada pessoa tem a sua própria isenção. No entanto, foi verificado que algumas empresas começaram a usar o artifício de trazer outras mercadorias no meio de mudanças legais.
Com isso, agora a Receita só libera a mudança depois de conferir caso a caso. Enquanto isso, os bens ficam em terminais de carga administrados por empresas privadas. Número de pessoas que voltam do exterior dobra, elevando demanda. Daniela Artacho Grolla está esperando sua mudança, que está no Porto do Rio, há um ano. Ela voltou da Califórnia, onde morou por quase cinco anos, e despachou sua mudança pela Confiança Moving, empresa também contratada pelo jornalista Gilberto Scofield Jr.
Entrei até na Justiça, porque a própria Receita diz que esta é a única forma de recuperar minha mudança, mas o juiz indeferiu a tutela. Pelo menos ele mandou isolar a mudança, pois, por pouco, meus pertences iam a leilão. Algumas mudanças que estavam no mesmo contêiner que o meu já foram liberadas — conta Daniela.
