17 de Dezembro de 2010, por Paulo Monauer. A diplomacia brasileira desde 17 de julho de 2008, ano que foi realizado a primeira conferência tentou a partir daí mostrar uma nova cara ao cidadão brasileiro que vive no exterior. O mundo se modernizou, os brasileiros ganharam o mundo e a diplomacia estava estagnada. Vivendo do passado, sob os duros efeitos da ditadura (hoje não existe nenhum embaixador brasileiro negro e mais de 90% dos embaixadores foram empossados e formados na época da ditadura militar).
A mudança hoje é inevitável, o comportamento da classe não está condizendo com a realidade global. Diplomatas formados para tomar cafezinho, ter um serviço leve, descompromissado e sem atropelos, servindo a elite brasileira que tinha o acesso ao exterior, já não é mais a realidade que a nação brasileira precisa, que o mundo aprecia. A diplomacia brasileira está presente em mais de 109 países no mundo, com mais de 1000 funcionários diretos e muitos outros indiretos. Tem uma fatia do orçamento brasileiro considerável, e apresenta um cronograma retrógado.
O perfil dos brasileiros no exterior mudou muito nos últimos 10 anos. Hoje se estima que vivem mais de 3 milhões de brasileiros em todo mundo, deste mais de 1.5 milhão aqui nos USA. Os consulados e embaixadores de países desenvolvidos ao redor do mundo prestam um serviço que valoriza, protege, defende, instrui, ajuda o seu cidadão, nestes quesitos o Brasil estava devendo muito.
A diplomacia precisava tentar acompanhar o progresso mundial, mostrar para o mundo que está progredindo e atende ao coro de milhões de reclamações dos brasileiros que vivem no exterior, daí a necessidade da criação da Conferência dos Brasileiros no Mundo.