No próximo dia 11, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai mostrar que diferenças ideológicas não afetam as relações políticas e comerciais ao comparecer à posse do presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, de centro-direita. Ele foi o responsável pela primeira derrota da esquerda chilena em duas décadas.
Na última sexta-feira (12), o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, se reuniu com Piñera, em Santiago (capital chilena), e reiterou a disposição do governo de ampliar as relações com os chilenos.
O chanceler assinou ainda um memorando de entendimento entre o Brasil e o Chile de cooperação na área de televisão digital.
Amorim foi a primeira autoridade estrangeira a conversar com Piñera, eleito presidente no dia 17 de janeiro em segundo turno. Antes, durante a campanha eleitoral, ele esteve no Brasil e conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Amorim, depois da posse o presidente chileno pretende vir ao Brasil.
Ao ser questionada sobre a vitória de Piñera, a pré-candidata às eleições presidenciais e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que ela deveria ser interpretada como um alerta para a esquerda brasileira. Para ela, as esquerdas no Brasil devem se unir – o que não ocorreu no Chile.
A principal coligação de esquerda no Chile, a Concertación, sofreu um racha e provocou o surgimento de três candidatos. No segundo turno das eleições, Piñera venceu com 51,6% dos votos contra 48,3% dados ao candidato governista e ex-presidente da República Eduardo Frei Ruiz, de centro-esquerda (Concertación), que era apoiado pela presidente do Chile, Michellet Bachelet.
A eleição de Piñera foi considerada a mais concorrida da história da redemocratização do Chile. O oposicionista venceu com o discurso da mudança e renovação.
* Fonte: Agência Brasil via Jornal.us