O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, expressou nesta quinta-feira (14) seu apoio a uma emenda que daria mais recursos para a segurança na fronteira, em uma tentativa de salvar o projeto de lei de reforma migratória que enfrenta dificuldades no Senado.
Em discurso na Associação de Construtores em Washington, Bush afirmou que apóia a chamada "emenda Graham" ao projeto de lei, que prevê que o dinheiro das multas por violações migratórias seja destinado a reforçar a segurança fronteiriça e os controles migratórios nos postos de trabalho.
Por enquanto, o Departamento do Tesouro anteciparia US$ 4,4 bilhões para a segurança na fronteira, que seriam recuperados com a receita proveniente das multas.
Com a iniciativa, Bush espera convencer os senadores republicanos que até agora se mostram contrários ao projeto de lei.
O projeto de reforma migratória - que abre um caminho para a legalização dos cerca de 12 milhões de imigrantes ilegais que se calcula que vivam no país e estabelece um programa de trabalhadores temporários - precisa do apoio de pelo menos 16 dos 49 senadores republicanos para ser aprovado.
Esses 16 votos se somariam aos 51 com os quais os democratas contam para chegar à maioria de dois terços necessária para superar qualquer tentativa de bloqueio.
O projeto de lei ficou estagnado há uma semana no Senado, depois de não alcançar o nível de votos necessários para pôr fim ao debate, o que permite que continuem sendo apresentadas emendas.
Bush lançou esta semana uma campanha de pressão pessoal sobre os senadores republicanos para tentar convencê-los acerca da importância de aprovar a reforma migratória.
Em seu discurso, o presidente disse que entende que a reforma migratória é um assunto "muito emotivo", na qual as pessoas têm perspectivas muito diferentes sobre as medidas a serem tomadas.
Afirmou, contudo, que o sistema atual não funciona, o que cria a "obrigação de consertá-lo".
Fonte: gazetaonline.com