Um projeto de lei sobre imigração
que permitia legalizar 12 milhões de imigrantes ilegais foi retirado da pauta do
Senado americano por falta de consenso, informou nesta quinta-feira o líder da
bancada democrata, Harry Reid.
O adiamento do
debate por tempo indefinido representa um revés para o governo do presidente
George W. Bush, que pretendia ver aprovada logo a reforma migratória, por
considerá-la uma das prioridades de seu segundo mandato.
O projeto de lei tinha respaldo de
republicanos, democratas e da Casa Branca, mas, nos setores mais liberais
consideraram o projeto brando demais, enquanto entre os conservadores diziam
equivaler a uma anistia para os imigrantes ilegais no país.
Os legisladores, no entanto, já
aprovaram por uma margem estreita, de 49 votos contra 48, uma emenda que limita
a apenas cinco anos a vigência de um programa de trabalhadores temporários. O
programa concedia permissões de trabalho de dois anos renováveis até um máximo
de seis, com a obrigatoriedade de retornar ao país de origem durante um ano para
cada renovação. O ponto era uma das principais inovações do pacto.
Os legisladores aprovaram também
duas emendas sobre o idioma inglês: a primeira faz do inglês a língua oficial
dos EUA, impedindo que quem deseje receber comunicações oficiais em outro idioma
o consiga. A segunda estipula que o inglês é o "idioma comum" nos EUA, mas diz
que quem desejar terá direito a receber comunicações oficiais em outra língua.
Apoio
O presidente Bush vinha
pressionando o Congresso americano pela aprovação do projeto de lei de imigração
que o Senado debate. A reforma proposta por Bush sofre oposição dos setores mais
conservadores.
"Entendo que é uma questão difícil para muita gente, que acredita que votar a favor da medida é um risco político", disse Bush, na semana passada. "O fato de ser uma questão difícil provavelmente quer dizer que temos que redobrar nossos esforços para levá-la adiante, e este é o momento de fazê-lo."
Fonte: folhaonline.com.br