Mais mulheres do que homens na América
Segundo o relatório, que a OCDE apresenta como a mais sua completa análise do fenômeno da imigração, cerca de 50,5% dos imigrantes da região são mulheres.
A "feminização" da imigração, nos termos da OCDE, também é verificada na Europa (52,4%), na América do Norte (51%) e no Leste e Sudeste da Ásia (50,1%) e vem se acentuando desde os anos 90 (até então, predominavam os homens).
"Elas vão primeiro e, depois, trazem o resto da família", disse o responsável pela Divisão de Integração Internacional, Jean-Pierre Garson, um dos autores do estudo.
O relatório não contém estatísticas por nacionalidade, mas dados fornecidos à BBC Brasil mostram que as brasileiras confirmam a tendência pelo menos no caso dos Estados Unidos, compondo 54% dos 203 mil brasileiros que emigraram definitivamente para o país.
Segundo os especialistas da OCDE, as mulheres emigram principalmente para trabalhar em serviços domésticos, e a oferta de trabalhos
Japão e
Embora também seja verificada em outras regiões, a "feminização" é marcante na América Latina e, segundo Garson, não é universal.
“No norte na África e na Turquia, por exemplo, predominam os homens.” O mesmo acontece no Caribe, na África e no sul da Ásia.
Há exceções na própria América Latina,
Em
A OCDE é composta de 30 países, incluindo os que servem de principais destinos para brasileiros que emigram,
A OCDE só considera números de estrangeiros que emigraram de forma permanente para os países-membros, excluindo imigrantes temporários e os ilegais. De acordo com esses dados, os brasileiros representam apenas 545 mil dos 38 milhões de estrangeiros que vivem nos países da OCDE.
A maioria, 203 mil, está nos Estados Unidos. Em segundo lugar, vem o Japão (158 mil) e em terceiro,
Os dados da ONU, por exemplo, consideram movimentos migratórios de curto prazo. Estatísticas citadas pelo secretário-geral Kofi Annan na terça-feira indicam que há 191 milhões de imigrantes em todo o mundo.