Nos Estados Unidos desde 1987, o brasileiro Carlos da Silva aponta as diferenças entre as exigências da comunidade brasileira e as da comunidade hispânica. Presidente da Massachusetts Alliance of Portuguese Speakers (Maps) - uma ONG localizada na cidade de
Mineiro de Nacip Raydan, ele mesmo foi para o país com a intenção de trabalhar por apenas três anos, mas se apaixonou por uma
"A princípio, muitos ficariam satisfeitos com o simples direito de dirigir e trabalhar em paz", afirma Silva. Ele explica que para os imigrantes ilegais, restrições
Não é o caso do mexicano Fernando Espinosa, de 26 anos, que,
Para Espinosa, a principal reivindicação da comunidade hispânica é a residência. Segundo ele, os mexicanos querem ter os mesmos direitos que qualquer cidadão americano. Por isso, participou das marchas pela aprovação de uma lei que favoreça os ilegais. "Venho de uma família que sempre lutou por seus direitos. Eu tenho um bom emprego e estou conseguindo minhas coisas, mas muitos latinos não têm as mesmas oportunidades, por isso estou apoiando a luta".
Embora esteja em situação regular, Silva também participou das marchas de
Perspectiva
No entanto, para a pesquisadora do Núcleo de Estudos de População da Unicamp, Teresa Sales, mais do que a diferença de nacionalidades, a perspectiva de tempo é o fator mais importante na definição das exigências dos imigrantes. "No caso do imigrante recente, a prioridade é juntar dinheiro para voltar para casa.
Teresa explica que à medida que o imigrante se insere na sociedade, passa a criar os filhos e a constituir um lar, o "green card" (autorização para residir legalmente no país) torna-se a grande aspiração.
Ela aponta que a imigração brasileira é recente - do início dos anos 80 - enquanto a mexicana é mais antiga. Portanto, os hispâ