A recente escalada de hostilidades diplomáticas entre os EUA e a
Apesar de ter em Chávez um adversário com "recursos petrolíferos para bancar o populismo", Hakim avalia que os EUA não estão alarmados com uma suposta onda populista ou a emergência de uma nova esquerda na região.
Porém explica que
Já o antiamericanismo precisa ser combatido --o problema é a crescente força política derivada dele em países
Folha - Qual foi o fator marcante da perda de interesse de
Peter Hakim - A América Latina desapontou os EUA porque não apoiou a guerra contra o terrorismo, especificamente a invasão do Iraque. Os países da região levam muito a sério o fato de os EUA não levarem o debate à ONU. A América Latina olha para as organizações internacionais porque não são países poderosos, mas dividem o hemisfério com os EUA e precisam se proteger do unilateralismo americano.
Folha - Por que? Há uma ameaça de ação unilateralista na região?
Hakim - Não uma ameaça imediata, mas eles têm experiência e muita ansiedade a respeito disso. Por isso não surpreende a ênfase em soberania e não-intervenção. Nesse caso, há um ressentimento claro. Tirando o Oriente Médio, nenhuma outra região fez uma oposição tão veemente.
Folha - Mas isso é peculiar à administração Bush?
Hakim - No meio do mandato de Bush, houve uma redução das expectativas dos EUA. As palavras que definem o clima em
Folha -
Hakim - Não acho que há preocupação com a onda de governos de esquerda, mas há uma preocupação séria com o surgimento de um adversário real, na forma de Hugo Chávez. Tirando