"Estávamos com os três quando veio a ordem para soltá-los", disse Luisa Morgantini a repórteres enquanto deixava a cadeia com seu colega alemão Tobias Pfleger.
Ela afirmou que o juiz Walter Carlisi havia decidido libertá-los depois de uma semana na prisão, mas não explicou os motivos. O caso ameaçava se tornar um grave incidente diplomático. O chefe do grupo Cap Anamur, o capitão do navio do grupo e um tripulante haviam sido presos sob acusação de colaborar com a imigração ilegal.
A prisão aconteceu depois de três semanas de impasse, quando a Itália finalmente concordou que o barco atracasse e que os africanos desembarcassem.
O grupo disse que resgatou os africanos de um bote à deriva no Mediterrâneo. A Itália queria que os africanos fossem deixados em Malta, e o Ministério do Interior insinuou que alguém devia estar levando vantagem com a situação.
A confusão sobre a nacionalidade dos africanos aumentou a desconfiança. Primeiro foi dito às autoridades italianas que se tratava de sudaneses em busca de asilo, mas, depois do desembarque, a polícia disse que eles pareciam imigrantes ilegais de Gana e da Nigéria.
Berlim tentou se distanciar do caso na quarta-feira e sugeriu a possibilidade
de uma investigação criminal alemã. O porta-voz do chanceler
Gerhard Schroeder, Bela Anda, repetiu o apelo pela libertação
dos ativistas, mas acrescentou que não estava julgando se eles haviam
agido corretamente.
FONTE: YAHOO!NOTICIAS